Desde que foi lançado pelo Banco Central em 2020, o Pix se consolidou como a maior inovação do sistema financeiro brasileiro nas últimas décadas. Não apenas pela agilidade e praticidade, mas porque trouxe uma nova referência em segurança nas transações online, especialmente no e-commerce. Em 2025, o Pix é o método de pagamento digital mais seguro disponível no Brasil, inclusive mais seguro que o cartão de crédito.
Segurança em meios de pagamento não é só sobre tecnologia, mas também sobre governança, arquitetura de risco e inteligência regulatória. E é exatamente aí que o Pix se destaca.
Por que o Pix é mais seguro?
1 - Baixa exposição de dados sensíveis
Ao fazer uma compra com Pix, você não compartilha número de cartão, código de segurança, validade ou qualquer outro dado que possa ser interceptado ou clonado. Tudo ocorre por meio de uma chave ou QR code dinâmico, validado em tempo real no aplicativo do banco com autenticação via biometria, senha ou reconhecimento facial, em alguns casos.
Diferente do cartão de crédito, que pode ser salvo em navegadores, plataformas e intermediários, o Pix não deixa rastro utilizável por fraudadores. Esse simples fator reduz drasticamente o risco de fraude.
2 - Transação irreversível = menos fraudes
O Pix não permite cancelamento unilateral. Isso diminui de forma significativa o risco dos famosos chargebacks indevidos que tanto impactam o varejo online. No cartão de crédito, o cliente pode contestar a compra mesmo após o produto ser enviado, e muitas vezes quem paga essa conta é o lojista. Caso você não tenha um processo estabelecido para realizar a defesa da contestação, essa conta pode ficar alta
Já com o Pix, a liquidação é imediata e definitiva. Isso representa mais segurança digital tanto para quem vende quanto para quem compra.
Por falar no lojista, é importante dizer, também, que o custo da transação por PIX é vantajoso, por reduzir as despesas com comissão. É bem comum vermos estabelecimentos oferecerem desconto no valor da compra quando o pagamento é por PIX, e isso não é à toa.
3 - Rastreabilidade e controle antifraude
Todas as transações Pix são registradas com os dados do pagador e do recebedor (CPF/CNPJ), o que facilita a rastreabilidade em caso de investigações. Além disso, o sistema é protegido por leis como o Sigilo Bancário (LC 105/2001) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O Banco Central exige que instituições financeiras tenham sistemas de detecção de anomalias em tempo real, identifiquem padrões atípicos e bloqueiem preventivamente transações suspeitas. Além disso, os bancos devem revisar semestralmente seus cadastros e manter os canais de orientação ao consumidor para evitar golpes.
4 - Novas camadas de proteção
O Banco Central vem introduzindo regras cada vez mais rígidas para limitar riscos:
- Limites para novos dispositivos: transferências feitas a partir de aparelhos ainda não validados são limitadas a R$ 200 por operação e R$ 1.000 por dia;
- Segurança em transações de alto valor: é obrigatório cadastrar previamente o dispositivo para realizar operações com valores elevados;
- Verificação de identidade: o nome da chave Pix deve coincidir com o registro na Receita Federal, bloqueando automaticamente documentos irregulares;
- Prevenção contra fraudes: desde julho de 2025, as instituições devem revisar periodicamente os cadastros, identificar possíveis fraudes e manter mecanismos ativos de detecção e alerta de golpes.
Essas medidas já estão ativas e vêm fortalecendo a confiança do mercado no uso do Pix no e-commerce.
O avanço do Pix no e-commerce
Os números falam por si. Segundo a projeção da Ebanx, o Pix pode responder a 44% do valor transacionado no comércio eletrônico brasileiro até o final de 2025, superando os cartões de crédito, que ficarão com 41%. Inclusive, a liderança do Pix pode chegar um ano antes do previsto.
Em junho de 2025, o Banco Central registrou 276,7 milhões de transações em um único dia via Pix, incluindo compras, transferências e pagamentos em geral. Atualmente, mais de 70% da população brasileira já utiliza o sistema, e essa base deve crescer ainda mais com as novas funcionalidades.
Novas funcionalidades
Em 2025, o Pix ganhou duas novas funcionalidades que ampliam seu protagonismo no e-commerce: o Pix Parcelado e o Pix Automático. O primeiro, previsto para setembro, permitirá que consumidores dividam o valor das compras diretamente no checkout, sem a necessidade de cartão de crédito. Para os lojistas, o pagamento continua sendo recebido à vista. A proposta é oferecer uma alternativa mais acessível e flexível ao parcelamento tradicional, mantendo o padrão de segurança já reconhecido do Pix.
Já o Pix Automático, lançado em junho, permite o agendamento de pagamentos recorrentes, como mensalidades e assinaturas, funcionando como uma evolução do débito automático. A funcionalidade promete movimentar até US$ 30 bilhões em dois anos (segundo a Ebanx), com ampla adesão de fintechs e marketplaces. Ambas as soluções ampliam a conveniência para consumidores e lojistas, reforçando o Pix como a principal infraestrutura de pagamentos do país.
Referência em meios de pagamento
O sucesso do Pix não passou despercebido fora do Brasil. Segundo a Capgemini, 10 países da América Latina estão lançando ou desenvolvendo soluções inspiradas no Pix brasileiro. Entre eles, México, Colômbia, Argentina, Peru, Chile e Panamá, todos buscando replicar o modelo de liquidação instantânea, QR code interoperável e segurança regulada pelo Estado.
Estima-se que o Pix represente 24% de todo o volume online transacionado na América Latina até o final de 2025 (Capgemini), tornando-se uma verdadeira vitrine global de inovação em pagamentos digitais.
Pix é sinônimo de segurança digital
O Pix é, sem dúvidas, um divisor de águas para o comércio digital no Brasil. Rápido, seguro e acessível, ele estabelece um novo padrão de confiança no e-commerce, ao mesmo tempo em que democratiza o acesso ao consumo, permitindo que consumidores sem cartão de crédito, ou com limite insuficiente, tenham acesso a compras parceladas, antes restritas aos meios tradicionais. Esse avanço também contribui para a substituição dos boletos, reduzindo pedidos pendentes e liberando o estoque mais rapidamente.
Em um cenário onde segurança e eficiência são inegociáveis, o Pix se torna um ativo estratégico para impulsionar a conversão, reduzir riscos e ampliar o alcance do seu e-commerce. Afinal, transformar o Pix no eixo da sua estratégia é antecipar o futuro dos pagamentos digitais e estar à frente da evolução das vendas online.
Então, está mais do que na hora de você investir nessa estratégia! Fale com o nosso time de especialistas em pagamentos e segurança digital e aplique as melhores soluções no seu e-commerce.