Se tem uma coisa comum hoje em dia é abrir o Google e ver manchetes como: “ataques cibernéticos aumentam”, “phishing dispara no Brasil”, “golpes em carteiras digitais crescem”.
Infelizmente, o golpe digital virou parte do nosso cotidiano. Mas não estamos aqui para reforçar o medo, e sim para te capacitar, gerar consciência e capacitação. Você, como gestor de e-commerce, precisa saber como defender sua loja. E, ao mesmo tempo, o seu “eu consumidor” também precisa estar atento, porque ninguém está imune, seja pessoa física ou CNPJ.
Fim de ano é sinônimo de vendas aceleradas, clientes mais impulsivos e ofertas por todos os lados. É exatamente aí que os golpistas se multiplicam. Preços muito baixos, “oportunidades imperdíveis”, páginas que parecem reais demais com preços que fazem você pensar: “está bom demais para ser verdade”. Tudo isso é o cenário perfeito para o phishing atuar.
E não se trata de um golpe simples. No consolidado de 2024, o Brasil registrou R$ 10,1 bilhões em prejuízos com fraudes digitais, segundo a Febraban. Mais da metade dos brasileiros já foi vítima de tentativa de golpe, e grande parte desses ataques começa exatamente por phishing, roubo de credenciais vazadas ou ação de insiders.
No e-commerce, os impactos são devastadores: perda financeira, roubo de dados, queda de reputação, desvio de tráfego e até processos jurídicos. No ano passado foram totalizadas 2,8 milhões de tentativas de fraude, segundo o Mapa da Fraude da ClearSale, com destaque para categorias como celulares, acessórios eletrônicos e eletrodomésticos.
O phishing de hoje não é mais aquele e-mail mal escrito, cheio de erros. Golpistas agora usam IA generativa para criar mensagens perfeitas, sites praticamente idênticos, links de páginas falsas da Microsoft dentro do LinkedIn (o que aconteceu recentemente), deep fakes para falsificar identidades e até bots que automatizam ataques em larga escala.
Estamos falando de golpes que se adaptam ao comportamento da vítima: horários, preferências, histórico de compras. E isso aumenta a taxa de sucesso dos fraudadores.
Além disso, surgem combinações mais perigosas:
Por isso, é muito importante observar: se existe urgência, pressão e promessa exagerada, sempre desconfie.
Proteger um e-commerce hoje exige muito mais do que um antivírus. Exige estratégia e pontos essenciais para não deixar nada passar:
Como consumidores, também há alguns passos básicos para se proteger no dia a dia. Adote essas dez regras e mantenha a sua segurança online:
E, se mesmo assim algo der errado, procure os órgãos oficiais, como consumidor.gov.br ou o Procon.
Entender as diferenças entre os principais tipos de ataques é essencial. Enquanto o phishing tradicional é feito por e-mail ou páginas falsas; o smishing chega por SMS ou WhatsApp com links maliciosos; já o vishing é realizado por meio de ligações que tentam induzir você ao erro.
No fim das contas, todos esses formatos se apoiam nos mesmos gatilhos: pressão, urgência e manipulação emocional. Tudo para fazer a vítima “morder a isca”. E é justamente no fim do ano, quando o varejo vive seu momento mais aquecido e o consumidor está mais vulnerável, que esses golpes encontram terreno fértil para acontecer.
A boa notícia é que, com consciência, tecnologia e preparo, é totalmente possível reduzir riscos, proteger seu e-commerce e manter seus dados, e o seu bolso, em segurança. Afinal, segurança digital não é custo, é proteção de marca, faturamento e confiança do cliente.